O governo dos Estados Unidos anunciou, em 11 de outubro, o endurecimento das sanções ao Irã em resposta a um recente ataque de mísseis balísticos realizado por Teerã contra Israel. Essa decisão ocorre em um momento crítico, no qual a administração americana busca convencer Israel a evitar ações militares que possam atingir a infraestrutura petrolífera e as instalações nucleares iranianas, temendo que isso possa afetar negativamente os preços globais do petróleo.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, informou que as novas medidas visam especificamente as chamadas “frotas fantasmas” e as empresas marítimas que colaboram com o Irã para contrabando de petróleo. As sanções pretendem dificultar a obtenção de recursos financeiros pelo Irã, utilizados para desenvolver seus programas de mísseis e apoiar grupos considerados ameaças à segurança dos EUA e de seus aliados.
Cerca de 90% das exportações iranianas são destinadas à China, que não reconhece as sanções impostas pelos EUA. Para contornar essas restrições, diversas empresas têm utilizado navios de bandeira estrangeira para transportar petróleo iraniano. A administração americana identificou 23 embarcações envolvidas nesse esquema, que passarão a ser alvo das novas sanções. As medidas são discutidas em paralelo às conversas entre os líderes dos EUA e Israel sobre a resposta militar ao ataque realizado pelo Irã, que utilizou aproximadamente 180 mísseis balísticos.