O recente ataque do Irã a Israel trouxe à tona a necessidade de os Estados Unidos reafirmarem sua histórica aliança com o Estado judeu, conforme avalia a analista de relações internacionais Fernanda Magnotta. Em sua análise, ela sugere que o apoio americano pode se manifestar em recursos financeiros, treinamento militar e compartilhamento de inteligência, com o objetivo de fortalecer a capacidade defensiva e ofensiva de Israel diante de novas ameaças.
Apesar desse apoio, Magnotta destaca que os Estados Unidos adotam uma postura cautelosa, buscando evitar uma maior escalada do conflito. Essa precaução se deve, em parte, ao desejo de não se envolver diretamente em um problema que, segundo a analista, deveria ser resolvido por Israel. Além disso, a presença de outros atores, como a Rússia, no contexto do conflito iraniano também preocupa Washington, levando à decisão de não mobilizar tropas ou intensificar a presença militar na região.
A escalada do conflito, especialmente no Líbano, levanta preocupações sobre suas consequências imprevistas. A especialista menciona que ações militares limitadas, como a atual operação israelense, podem resultar em situações complexas e prolongadas, semelhantes às experiências anteriores de ocupação no Líbano. Dessa forma, tanto as operações israelenses quanto as respostas iranianas podem trazer repercussões que vão além do que se imagina inicialmente, exigindo atenção redobrada das potências envolvidas.