Os Estados Unidos anunciaram que não exigirã mais a Certificação Sanitária Internacional (CSI) do Brasil para a piscicultura, facilitando assim a exportação de pescados do país. Essa decisão foi comunicada pelo Ministério da Agricultura em 18 de outubro e tem como objetivo acelerar o comércio, especialmente em um momento em que o Brasil se posiciona como o segundo maior exportador de pescados para os EUA. No segundo trimestre deste ano, as exportações brasileiras de pescados cresceram 72% em relação ao primeiro trimestre, totalizando US$ 23,7 milhões, o que representa 96% do valor exportado até o momento em 2023.
O principal produto exportado pelo Brasil é a tilápia, que compõe 92% do volume total de pescados enviados aos EUA. Desse total, 87% da tilápia brasileira tem como destino o mercado norte-americano. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a dispensa da exigência do CSI indica uma confiança nas práticas de controle sanitário adotadas pelo Brasil. Ele ressaltou que essa mudança não significa a ausência de regulamentações, mas sim um avanço na simplificação e desburocratização do processo de exportação.
A decisão pode aumentar a competitividade do setor pesqueiro brasileiro, uma vez que permitirá que os empresários cumpram as normas da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA de forma mais eficiente. Com essa nova abordagem, espera-se que o Brasil consiga expandir ainda mais suas exportações de pescados, reforçando sua posição no mercado internacional e beneficiando a economia local.