As escolas particulares no Brasil planejam aumentar suas mensalidades entre 8% e 10% para o ano letivo de 2025, conforme uma pesquisa do Grupo Rabbit que abrangeu 680 instituições em todo o país. Esse percentual de reajuste é o dobro da inflação projetada para 2024, que é de 4,37%, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central do Brasil. Minas Gerais deve registrar os maiores aumentos, com uma média de 10%, seguido por São Paulo (9,5%) e Rio de Janeiro (9%). Outras regiões, como Centro-Oeste, Nordeste e Norte, têm projeções de 9%, enquanto o Sul deve ter um aumento médio de 8%.
Os reajustes consideram diversos fatores, incluindo a inflação acumulada, aumentos salariais de professores e investimentos realizados pelas escolas. A inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 4,42% nos últimos 12 meses, e os ajustes salariais costumam acompanhar esse índice. As instituições devem informar de forma clara e precisa os critérios utilizados para calcular os aumentos, permitindo que os responsáveis financeiros avaliem as condições de pagamento e os serviços oferecidos.
A legislação estabelece que os reajustes nas mensalidades não podem ser revistos em menos de um ano e que as escolas não podem impor custos adicionais, como materiais escolares coletivos, que já devem estar incluídos nas mensalidades. Pais ou responsáveis financeiros têm o direito de entender e questionar os motivos dos aumentos, podendo buscar auxílio do Procon ou de advogados em caso de discordâncias. A transparência e o diálogo entre escolas e famílias são essenciais para uma relação saudável e justa no contexto educacional.