O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontou falhas nas estimativas do Ministério de Minas e Energia sobre o impacto das tarifas relacionadas à quitação antecipada de empréstimos das Contas Covid e Escassez Hídrica. A previsão de redução nas tarifas, que era de 3,5%, se mostrou bastante otimista, com a Aneel revelando que a real diminuição seria apenas de 0,02%. Isso gerou críticas por parte do ministro, que acusou a Aneel de falta de agilidade diante dos recentes apagões em São Paulo.
Além disso, Mosna destacou que o benefício real para os consumidores seria de cerca de R$ 46,5 milhões, um valor muito abaixo dos R$ 510 milhões inicialmente projetados. A análise da Aneel indica que 50 distribuidoras poderão se beneficiar da antecipação dos empréstimos, enquanto 53 enfrentariam aumento nas tarifas, criando um cenário de incertezas para o setor elétrico.
Diante dessas divergências, o diretor sugeriu a abertura de um processo disciplinar contra o ministério, alegando falhas significativas na condução das políticas públicas. A controvérsia resultou em um impasse na votação de uma consulta pública, que permanece suspensa até a nomeação de um quinto diretor para a Aneel. Até o momento, o Ministério de Minas e Energia não se manifestou sobre as críticas levantadas pela agência.