No Rio de Janeiro, pacientes testaram positivo para HIV após receberem transplantes de órgãos de doadores que inicialmente foram considerados negativos para a infecção. O Ministério da Saúde confirmou a infecção em dois doadores e seis receptores, atribuída a falhas nos testes realizados pelo Laboratório PCS Saleme, que foi contratado pela Fundação Saúde. Em resposta, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) interditou o laboratório e anunciou medidas para assegurar a segurança dos transplantes, incluindo a volta da testagem a ser feita exclusivamente pelo Hemorio.
A SES-RJ classificou a situação como inadmissível e sem precedentes, prometendo assistência aos afetados e suas famílias. Entre as medidas adotadas, estão a retestagem do material dos doadores e o fornecimento de atendimento especializado aos receptores e seus contatos. A situação gerou uma investigação pelo Ministério Público do RJ e pela Comissão Regional de Medicina, que iniciaram sindicâncias para apurar as irregularidades no programa de transplantes do estado.
Em meio a esse episódio, o Ministério da Saúde reiterou que o Sistema Nacional de Transplantes é um dos mais seguros do mundo, com normas rigorosas para proteger doadores e receptores. A SES-RJ lembrou que o serviço de transplantes no estado tem um histórico de excelência, tendo salvado mais de 16 mil vidas desde 2006. O caso destaca a importância da confiança e transparência em processos críticos como os transplantes de órgãos.