Um laboratório de análises clínicas no Rio de Janeiro está sendo investigado após a descoberta de que órgãos doados de pacientes infectados por HIV resultaram na contaminação de seis transplantados. O caso veio à tona quando um paciente, que recebeu um coração em janeiro, apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para o vírus, o que levou a uma reavaliação dos exames realizados pelo laboratório. A análise revelou que, entre os exames contestados, dois apresentaram resultados incorretos, apontando que os doadores não eram portadores do HIV.
A situação gerou alarmes sobre a validade dos exames realizados, especialmente após a confirmação de que um dos registros profissionais utilizado para assinar os laudos estava cancelado. As autoridades competentes, incluindo o Ministério da Saúde e o Ministério Público, iniciaram investigações para apurar possíveis irregularidades no processo de doação e transplante, além de tomar medidas para proteger os pacientes afetados. O laboratório responsável teve seus serviços suspensos e está colaborando com as investigações.
Além dos exames questionados, a situação levou a uma série de reações, com a criação de uma comissão para apoiar os transplantados e a determinação de rastrear todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores. O incidente destaca a importância da rigorosidade nos processos de doação e transplante de órgãos, que já salvaram milhares de vidas, mas agora enfrentam um desafio significativo para garantir a segurança dos pacientes.