Com o intuito de controlar o aumento dos gastos públicos, a equipe econômica está desenvolvendo uma série de propostas que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições municipais. Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet estão formulando argumentos para convencer Lula a adotar uma agenda de credibilidade que está relacionada ao novo arcabouço fiscal. O pacote de medidas abrange diversas áreas, incluindo educação, saúde, Previdência e benefícios para militares, e visa oferecer ao presidente opções sobre quais ações implementar.
Embora a lista de iniciativas seja extensa, as prioridades se concentram em duas medidas principais que, se aprovadas, podem gerar uma economia significativa de aproximadamente R$ 40 bilhões, tornando o novo arcabouço fiscal mais viável. A equipe econômica destaca que o foco das medidas não é o cumprimento da meta fiscal para o próximo ano, mas sim um objetivo mais abrangente para 2026, quando será mais difícil cumprir as regras fiscais atuais. A situação nos mercados, caracterizada por incertezas e juros altos, exige uma abordagem cautelosa para garantir a estabilidade da dívida pública e a valorização da moeda.
Além disso, os auxiliares de Lula acreditam que o momento é propício para argumentar a favor do controle de gastos, especialmente após uma revisão detalhada das despesas do Bolsa Família e da Previdência, que resultou em uma economia estimada de R$ 25 bilhões para o próximo ano. Com esse primeiro passo dado, o foco agora deve ser na revisão de gastos, considerando que a aprovação das medidas pode ser postergada para o início de 2025, desde que implementadas até 2026.