O hábito de roer as unhas, conhecido como onicofagia, está frequentemente relacionado a fatores de ansiedade e pode ter diferentes causas ao longo da vida. Especialistas, como dermatologistas, indicam que, na infância, esse comportamento pode surgir como uma resposta a distúrbios do desenvolvimento oral e psicológico, enquanto em pré-adolescentes e adultos, é mais frequentemente associado à ansiedade. Além de questões estéticas, roer as unhas pode trazer sérios riscos à saúde, como inflamações nas cutículas e infecções por bactérias e fungos.
O tratamento da onicofagia é multidisciplinar, envolvendo profissionais de saúde como dermatologistas, psiquiatras, psicólogos e dentistas, pois o comportamento é frequentemente compulsivo e pode aliviar temporariamente a tensão emocional. A dermatologista Andreia Leverone alerta que advertências simples, como “pare de fazer isso”, não são eficazes. Os tratamentos podem incluir esmaltes recomendados por dermatologistas, mas é fundamental que a abordagem vá além, focando nas causas emocionais que levam ao hábito.
Os riscos de saúde associados à onicofagia não se limitam apenas às unhas; há potencial para traumas internos, como lesões no esôfago e estômago, devido à ingestão de unhas e peles. A prática de passar substâncias amargas nas unhas para desencorajar o hábito é considerada ineficaz e reprovada por especialistas, que enfatizam a importância da compreensão do contexto emocional por trás do comportamento, especialmente em crianças e adolescentes que podem estar lidando com dificuldades escolares ou problemas de relacionamento.