As eleições nos Estados Unidos diferem significativamente do sistema eleitoral brasileiro, especialmente no que diz respeito ao papel dos delegados e ao funcionamento do Colégio Eleitoral. Em vez de a população votar diretamente no candidato à presidência, os eleitores votam em delegados que, por sua vez, são responsáveis por escolher o presidente. Cada um dos 50 estados tem um número específico de delegados, proporcional à sua população, e no total há 538 delegados. Para vencer, um candidato precisa obter a maioria simples, ou seja, 271 votos.
Os delegados são selecionados por partidos políticos durante convenções ou comitês e, embora qualquer pessoa possa ser delegada, com exceção de alguns cargos públicos, geralmente são escolhidos indivíduos de confiança dos partidos. Em casos raros, como o ocorrido em Washington em 2016, alguns delegados podem votar contra o partido que representam, o que levanta questões sobre a fidelidade no voto. A Suprema Corte dos EUA, em uma decisão de 2020, permitiu que os estados adotassem leis para regular a votação dos delegados, aumentando o controle local sobre esse processo.
Além disso, a dinâmica das eleições é afetada pela existência dos swing states, que são estados que frequentemente mudam de preferência entre os partidos. Esses estados, como a Flórida e a Geórgia, possuem um equilíbrio entre populações urbanas e rurais e têm um papel crucial nas eleições, pois podem determinar o resultado final. A polarização política nos Estados Unidos, associada a mudanças demográficas e sociais, influencia fortemente a estratégia dos partidos durante as campanhas eleitorais.