Em audiência realizada na Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou ações para combater os incêndios florestais que afetaram o Brasil nos últimos meses, exacerbados pela pior seca em 75 anos. Silva destacou que 80% dos focos de incêndio estão sob controle e solicitou mais recursos públicos e novas estratégias de adaptação às mudanças climáticas. Ela defendeu a importância de uma declaração antecipada de emergência climática, permitindo a estocagem de bens essenciais para enfrentar eventos extremos.
A audiência também abordou a necessidade de medidas governamentais para lidar com incêndios intencionais, com a abertura de inquéritos pela Polícia Federal e a prisão de indivíduos envolvidos. A ministra enfatizou que o governo está intensificando os esforços para investigar e punir práticas criminosas relacionadas a queimadas. Ela reforçou que a luta contra o desmatamento e a promoção de um meio ambiente equilibrado são fundamentais para a agricultura e a segurança alimentar, citando ações do governo Lula que visam retomar projetos anteriormente paralisados.
Por outro lado, a ministra enfrentou críticas da oposição durante a audiência, que questionou sua gestão e a atuação de ONGs. Em meio a embates, Silva reafirmou sua posição em favor de um meio ambiente saudável, essencial para a produção agrícola. O debate refletiu as tensões entre a necessidade de proteção ambiental e as demandas do agronegócio, ressaltando a complexidade da governança ambiental em um contexto de mudanças climáticas e crises hídricas.