A concessionária de energia Enel, responsável pela distribuição de eletricidade em São Paulo, está enfrentando críticas severas devido à mobilização insuficiente de técnicos em campo durante a crise climática que resultou em apagões na capital. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destacou que a empresa não cumpriu o plano de contingenciamento esperado, o que gerou insatisfação em relação à recuperação do serviço. No total, 2,1 milhões dos 2,6 milhões de consumidores afetados por interrupções de energia estão na área de concessão da Enel.
Atualmente, São Paulo vive o terceiro dia consecutivo de apagão, afetando 537 mil consumidores. Embora a Enel tenha afirmado ter restabelecido o fornecimento para 1,4 milhão de clientes, a companhia não forneceu um prazo claro para a normalização da situação dos 698,8 mil que ainda estão sem energia. As regiões mais afetadas incluem a capital, São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra, com a empresa mobilizando cerca de 1.700 técnicos e a possibilidade de contar com equipes de outros estados para resolver o problema.
Em resposta à situação, o Procon-SP anunciou que irá notificar a Enel para esclarecer as razões da demora no retorno do fornecimento de energia. A Aneel também indicou que, apesar da grande quantidade de consumidores afetados, é necessário distinguir entre as interrupções causadas por eventos climáticos e aquelas resultantes de falhas na rotina do serviço de distribuição. A situação destaca a importância de uma gestão eficiente e proativa em crises deste tipo, que impactam diretamente a população.