No domingo (13), o presidente da Enel, Guilherme Alencastre, informou que não há um prazo definido para o restabelecimento da energia elétrica em São Paulo e na Grande SP, onde 760 mil imóveis ainda estão sem luz após uma tempestade intensa na sexta-feira (11). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convocou uma reunião com a Enel e outras empresas do setor para discutir a situação, após críticas sobre a quantidade de funcionários mobilizados e a execução do plano de contingência para eventos climáticos extremos.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, a Enel não atendeu às expectativas em relação à mobilização de 2.500 agentes, conforme previsto no plano de contingência. Apenas 1.700 funcionários estavam em campo para a recuperação dos serviços até a tarde de domingo. A companhia informou que, até o momento, cerca de 1,3 milhão de clientes já tiveram o serviço restabelecido, mas a quantidade de imóveis sem energia continua alta, com bairros da capital e municípios vizinhos entre os mais afetados.
A tempestade resultou em tragédias, com sete mortes registradas devido a quedas de árvores e muros. A Enel está enfrentando dificuldades na comunicação com os usuários, que relatam longas esperas para conseguir atendimento. O presidente da empresa também anunciou a mobilização de 400 funcionários de outras companhias para ajudar na recuperação, além de ter disponibilizado geradores para hospitais e outros serviços essenciais. A situação destaca a necessidade de melhorar as respostas a emergências climáticas na região.