Na reta final do primeiro turno, as recentes pesquisas de intenção de voto revelam uma preocupação crescente com o alto índice de eleitores indecisos. Esse fenômeno é mais evidente nas chamadas pesquisas espontâneas, onde os nomes dos candidatos não são apresentados. Em cidades como Belo Horizonte, quase metade dos eleitores declarou não saber em quem votar, refletindo uma tendência que também se observa em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde as taxas de indecisão alcançam 45% e 43%, respectivamente.
Especialistas em pesquisas políticas analisam as causas dessa indecisão e discutem estratégias de campanha em busca do voto útil. Felipe Nunes, cientista político, destaca o perfil dos eleitores indecisos, enquanto Antonio Lavareda aborda o conceito de voto envergonhado e a importância das mobilizações sociais e nas redes. Esse contexto torna-se crucial à medida que os candidatos intensificam suas ações para conquistar os eleitores que ainda não decidiram seu voto.
Os dados da pesquisa Quaest indicam que uma parte significativa dos eleitores ainda pode mudar de voto. Em São Paulo, 33% afirmam essa possibilidade, com 35% deles planejando decidir apenas na hora da votação. No Rio, a taxa de indecisão é de 31%, sendo que 51% podem decidir na véspera ou no momento da eleição. Esse cenário aponta para uma dinâmica eleitoral complexa, onde a indecisão dos eleitores pode influenciar os resultados finais.