A eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, poderá levar a um cenário inédito em que os candidatos terminem empatados com 269 delegados cada. Para ser eleito, um candidato precisa conquistar 270 dos 538 delegados disponíveis, e esse tipo de empate só ocorreu uma vez na história, em 1824, quando a disputa foi decidida pelo Congresso. Neste contexto, o sistema de delegados é fundamental, uma vez que o voto popular em cada estado determina a distribuição desses delegados, com o candidato mais votado levando todos os delegados daquela área.
Pesquisas indicam que a corrida eleitoral está acirrada, com uma leve vantagem numérica para um dos candidatos, embora ambos estejam tecnicamente empatados dentro da margem de erro. Para que um empate ocorra, é necessário que Trump vença em todos os estados republicanos tradicionais e no segundo distrito de Nebraska, ao mesmo tempo que Kamala Harris vença em todos os estados democratas. Os estados-chave, como Nevada e Arizona, serão cruciais, e as pesquisas atuais indicam uma vantagem para Harris em áreas críticas.
Se um empate ocorrer, a 12ª Emenda da Constituição será acionada, permitindo que a Câmara dos Deputados decida a eleição, com cada estado tendo um voto. A maioria da Câmara, atualmente republicana, escolheria o presidente, enquanto o Senado escolheria o vice-presidente. A situação é complexa e poderia resultar em um novo empate, o que exigiria negociações até que um acordo fosse alcançado ou um presidente interino fosse nomeado antes da posse.