As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro, apresentam um sistema eleitoral descentralizado e complexo, que contrasta com a estrutura centralizada do Brasil. Enquanto os brasileiros utilizam urnas eletrônicas e possuem um órgão nacional responsável pela supervisão do processo, os americanos têm regras distintas em cada um dos 50 estados, onde cerca de 70% dos eleitores votarão em cédulas de papel. Essa diversidade nos métodos de votação e apuração resulta em um processo que pode levar dias para ser concluído, uma vez que a contagem de votos não é centralizada, diferentemente do que ocorre no Brasil.
Outro ponto relevante é que o sistema eleitoral dos EUA é indireto, pois o presidente é eleito pelo Colégio Eleitoral, onde os delegados, baseados nos votos populares de cada estado, fazem a escolha final. Ao contrário, no Brasil, o voto é direto e obrigatório para cidadãos maiores de 16 anos. Além disso, as eleições brasileiras ocorrem sempre aos domingos, enquanto nos EUA são realizadas nas terças-feiras, conforme uma legislação de 1845 que considerava as necessidades da população rural da época.
Por fim, o financiamento das campanhas presidenciais é uma questão crucial em ambos os países. Nos EUA, os candidatos podem optar por financiamento público ou privado, mas raramente utilizam a primeira opção. Já no Brasil, há um teto para gastos e um fundo eleitoral que subsidia as campanhas. Essas diferenças destacam como cada país organiza e regulamenta seu sistema eleitoral, refletindo suas particularidades políticas e sociais.