As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro, apresentam diversas diferenças em relação ao sistema brasileiro. Enquanto o Brasil utiliza urnas eletrônicas padronizadas, nos EUA cada estado define suas próprias regras e, em muitos casos, ainda recorre a cédulas de papel. Aproximadamente 70% dos eleitores americanos deverão votar em papel, contrastando com o sistema eletrônico brasileiro que garante a apuração rápida dos resultados.
O processo de apuração nos EUA é mais demorado, podendo levar dias, uma vez que não há um sistema eletrônico centralizado. A contagem de votos é realizada separadamente em cada estado, e muitos eleitores optam pelo voto pelo correio, o que pode atrasar ainda mais a divulgação dos resultados. Em contrapartida, no Brasil, a apuração é centralizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permitindo que os resultados sejam conhecidos rapidamente após o fechamento das urnas.
Além disso, o sistema eleitoral americano é indireto, pois o presidente é eleito por meio do Colégio Eleitoral, ao passo que no Brasil a eleição é direta, com o candidato mais votado sendo eleito imediatamente. As eleições nos EUA também ocorrem em uma terça-feira, seguindo uma legislação de 1845, enquanto no Brasil, são realizadas sempre no primeiro domingo de outubro. O financiamento das campanhas nos dois países apresenta diferenças significativas, com os candidatos americanos optando por financiamento público ou privado, enquanto no Brasil, há um sistema mais estruturado de financiamento público através do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.