As eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos apresentam um cenário marcado pela concorrência entre os candidatos principais, Kamala Harris e Donald Trump, e uma variedade de candidatos de terceira via. Embora partidos menores e candidatos independentes, como Jill Stein, Chase Oliver e Cornel West, não tenham chances significativas de vitória, sua participação pode influenciar o resultado final, especialmente em um contexto de empate nas pesquisas entre os dois favoritos. A presença desses nomes nas cédulas pode desviar votos cruciais, o que já ocorreu em eleições passadas, como em 2016, quando Stein foi apontada como uma das responsáveis pela vitória de Trump em estados decisivos.
A dinâmica eleitoral nos Estados Unidos é complexa, pois cada estado estabelece suas próprias regras para a participação de candidatos, ao contrário do que ocorre em outros países com órgãos eleitorais centralizados. Os candidatos de partidos menores precisam atender a requisitos específicos, como o número de votos obtidos em eleições anteriores, o que limita sua visibilidade e, consequentemente, sua capacidade de competir em pé de igualdade com os candidatos dos partidos majoritários. Assim, o papel dos candidatos independentes e de terceira via se torna ainda mais relevante em um cenário político polarizado.
Os principais candidatos trazem à tona temas variados, com Harris se destacando por sua trajetória como vice-presidente e sua estratégia de atrair eleitorado diverso, e Trump, que busca recuperar sua posição após a derrota em 2020, mantendo sua imagem controversa. Enquanto isso, Jill Stein enfatiza questões ambientais e sociais, Chase Oliver defende os direitos individuais e reformas políticas, e Cornel West critica as estruturas de poder vigentes. Este leque de opções reflete uma insatisfação crescente entre os eleitores com o sistema bipartidário, criando uma oportunidade para discussões mais amplas sobre a direção política do país.