O Partido Liberal Democrático (PLD) do Japão, junto com seu aliado Komeito, deve enfrentar dificuldades para manter a maioria no Parlamento, de acordo com as pesquisas de boca de urna realizadas após a eleição antecipada. As projeções indicam que a combinação do LDP e Komeito deve assegurar entre 174 e 254 assentos, enquanto o Partido Democrático Constitucional (CDP) pode conquistar de 128 a 191 assentos. Para ter o controle da Dieta, o PLD precisaria de pelo menos 233 assentos, o que implica que uma coalizão será necessária para que permaneça no poder.
A convocação da eleição foi feita pelo novo líder do LDP, logo após sua escolha para o cargo, evidenciando a urgência em consolidar sua posição antes da posse oficial como primeiro-ministro. Desde o início do ano, o partido tem enfrentado uma queda nos índices de aprovação, que estão abaixo de 20%, em parte devido a um escândalo recente relacionado à arrecadação de fundos políticos. Essa situação tem gerado incertezas sobre a capacidade do PLD de governar de forma autônoma.
Por outro lado, os partidos de oposição têm encontrado dificuldades para se unir e apresentar uma alternativa viável ao governo. Essa fragmentação entre os grupos opositores pode contribuir para um cenário em que a coalizão governista, apesar de suas dificuldades, ainda tenha chances de manter uma influência significativa na Dieta. A dinâmica política resultante dessas eleições poderá moldar o futuro do governo japonês e as relações entre os partidos.