Neste sábado, o partido governista da Geórgia, liderado pelo fundador do Partido Sonho Georgiano, reivindicou a vitória nas eleições nacionais, mas a oposição contestou esses resultados, afirmando que conquistou a maioria. A eleição é vista como um marco decisivo que pode determinar se a Geórgia se aproximará ainda mais do Ocidente ou voltará a ser influenciada pela Rússia, especialmente em um contexto global marcado pela guerra na Ucrânia. Com 70% dos votos contabilizados, a comissão eleitoral anunciou que o partido no poder obteve 53% dos votos, enquanto a oposição, embora fragmentada, assegura que obteve uma vantagem significativa.
A disputa eleitoral gerou diferentes pesquisas de boca de urna, com resultados variados, refletindo a polarização entre os grupos políticos. O líder do partido governista declarou vitória, exaltando a resiliência do povo georgiano, mas os opositores pediram que a administração reconhecesse a derrota, argumentando que a preferência popular se inclina para uma orientação europeia. O ambiente político na Geórgia é tenso, com acusações de práticas ilícitas durante a campanha, e vozes de cidadãos clamando por um governo mais progressista e menos corrupto.
A Geórgia, reconhecida por seu forte sentimento pró-Ocidente desde sua independência da União Soviética, enfrenta desafios em sua relação com o Ocidente, especialmente após a invasão russa da Ucrânia. O governo atual se recusou a impor sanções contra Moscou, levando a um aumento das críticas e à desconfiança da população em relação às alegações de vitória do partido governista. Assim, o futuro político do país permanece incerto, com ambos os lados reivindicando a vitória e uma narrativa de mudança no horizonte.