Na semana de retorno aos trabalhos na Câmara após o primeiro turno das eleições, a tradicional reunião de líderes não ocorreu, gerando desconforto entre os deputados. A ausência do encontro, que define a pauta de votações e acontece na residência oficial do presidente da Câmara, foi atribuída ao clima de constrangimento devido à disputa pela sucessão do atual presidente. A falta de diálogo entre os candidatos e o atual presidente tem contribuído para essa tensão, especialmente considerando que alguns líderes não estão dispostos a abrir mão de suas candidaturas em favor de um consenso.
O presidente da Câmara, que se encontra fora de Brasília para promover um leilão de gado, tem enfrentado dificuldades para articular a escolha de um candidato único para sua sucessão. Durante uma reunião anterior, ele havia sugerido que a escolha seria feita por meio de um acordo entre os líderes, mas as tentativas de consenso falharam, uma vez que alguns candidatos não aceitaram apoiar um nome específico. Essa situação reflete a fragmentação e a competitividade interna entre os partidos.
Enquanto isso, o leilão programado por ele para o próximo sábado, no qual serão oferecidos 60 animais da raça Nelore, tem atraído a atenção, mas também pode afastar possíveis aliados no cenário político. A expectativa é que essa disputa interna continue a gerar repercussões nas votações e na dinâmica da Câmara, à medida que os líderes tentam navegar por suas ambições políticas em meio a um ambiente de incertezas.