Nas eleições municipais deste ano, 775 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher para a Câmara Municipal, representando um em cada sete municípios sem representação feminina. Embora o número de cidades sem vereadoras tenha diminuído em relação a 2020, ainda é um desafio significativo. Minas Gerais e São Paulo lideraram a eleição de mulheres, com 1,3 mil e 1,2 mil eleitas, respectivamente, enquanto Roraima teve o menor número, com apenas 40.
A participação feminina nas Câmaras Municipais aumentou de forma modesta, passando de 16,13% em 2020 para 18,24% neste ano, com destaque para as capitais, onde o percentual subiu de 17% para 21%. Algumas cidades, como São Paulo e Curitiba, alcançaram mais de 30% de cadeiras ocupadas por mulheres. O aumento mais expressivo ocorreu em Cuiabá, onde a representatividade feminina saltou de 8% para 30%. Apesar disso, ainda há 78 cidades no Estado de São Paulo sem mulheres vereadoras.
O resultado das eleições para as prefeituras também apresentou um crescimento tímido, passando de 12,07% para 13,23% de mulheres à frente dos Executivos municipais. Com sete mulheres disputando prefeituras de capitais no segundo turno, o desfecho pode indicar um avanço maior na diversidade. As cidades que contarão com candidatas são Curitiba, Porto Alegre, Aracaju, Natal, Campo Grande, Palmas e Porto Velho, sendo Campo Grande a única com duas mulheres concorrendo diretamente.