Nas eleições municipais de 2024 no Rio Grande do Sul, apenas 39 das 492 prefeituras foram conquistadas por mulheres, correspondendo a 7,93% do total de eleitos. Este número é alarmante considerando que, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a população feminina no estado representa 51,71%, com mais de 5,6 milhões de mulheres. Em contrapartida, 453 homens foram eleitos, totalizando 92,07% das prefeituras.
O cenário de desigualdade de gênero se evidencia ainda mais ao observar a participação nas candidaturas. Das 1.214 candidaturas ao cargo de prefeito, somente 129 foram de mulheres, enquanto 1.085 homens disputaram a eleição, gerando uma diferença de 78,74% entre os gêneros. Essa disparidade na representação feminina também é uma realidade em todo o Brasil, onde apenas 15,5% dos prefeitos eleitos são mulheres.
Entre as cidades do Rio Grande do Sul que elegeram mulheres como prefeitas estão Alecrim, Almirante Tamandaré do Sul e Santa Tereza, entre outras. Com cinco cidades ainda aguardando o segundo turno, uma mulher, Maria do Rosário, é candidata em Porto Alegre, enfrentando o atual prefeito na disputa. Essa situação ressalta a necessidade de discutir a representatividade feminina na política e buscar formas de aumentar a participação das mulheres em cargos de liderança no estado e no país.