Órgãos de inteligência informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que 12 pessoas ligadas ao crime organizado foram eleitas nas últimas eleições municipais, incluindo dez vereadores e dois prefeitos. Um total de 70 candidatos com possíveis vínculos a atividades criminosas participaram do pleito. Os nomes dos eleitos e as cidades onde foram escolhidos são mantidos em sigilo, e o Ministério Público receberá informações para investigar eventuais irregularidades. A influência de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital, foi apontada como subestimada nas eleições, com indícios de que o tráfico de drogas estaria financiando campanhas.
Além disso, investigações da Polícia Civil revelaram tentativas de infiltração de organizações criminosas no processo eleitoral, onde candidatos foram apresentados por essas facções. Um dos indivíduos supostamente à frente desse esquema foi acusado de coordenar operações de lavagem de dinheiro. A defesa desse acusado negou as alegações, argumentando que carecem de fundamentação. Essas situações levantam preocupações sobre a integridade do processo eleitoral em São Paulo.
As revelações destacam a urgência de um monitoramento mais rigoroso nas candidaturas e uma análise crítica da relação entre crime organizado e política. O tema é recorrente e evidenciam a necessidade de medidas efetivas para mitigar a influência de facções criminosas em esferas governamentais, garantindo assim a legitimidade do sistema eleitoral e a segurança da sociedade.