Em Ourilândia do Norte, no Pará, uma situação alarmante foi registrada durante as eleições, onde eleitores utilizaram óculos com microcâmeras para garantir que seus votos comprados fossem confirmados nas urnas. Um candidato a vereador foi detido sob suspeita de envolvimento em compra de votos, prática que é considerada crime no Brasil. A ação foi descoberta por uma mesária que notou a presença dos óculos em um eleitor, levando à investigação que revelou que os eleitores estavam sendo pagos para votar em um candidato específico, recebendo promessas de compensação financeira somente após a confirmação do voto.
Em Nova Olinda do Maranhão, a disputa pela prefeitura se destacou pela acirrada concorrência, com uma diferença de apenas dois votos entre os candidatos. Após a eleição, surgiram denúncias de que alguns eleitores haviam vendido seus votos, resultando em ameaças e represálias. Um eleitor relatou ter sido abordado antes da votação e feito promessas de materiais de construção em troca do voto, enquanto outros enfrentaram intimidações por parte de supostos apoiadores de um dos candidatos.
As autoridades eleitorais e os envolvidos nas disputas expressaram preocupação com a compra de votos, que compromete a integridade do processo democrático. Embora alguns candidatos neguem qualquer envolvimento em práticas ilícitas, as denúncias e o aumento de casos de compra de votos indicam um problema sistêmico que precisa ser enfrentado pelas instituições responsáveis. A situação expõe a fragilidade do sistema eleitoral e a necessidade de medidas rigorosas para garantir a lisura das eleições no país.