O segundo turno das eleições em Belo Horizonte se aproxima com o prefeito Fuad Noman, do PSD, recebendo apoio da esquerda em um esforço para conter a candidatura de Bruno Engler, do PL, que se identifica com a extrema-direita. Noman, embora tenha buscado aproximação com forças progressistas, evitou publicamente o presidente Lula, alegando que sua campanha deve focar em problemas locais, como infraestrutura, em vez de polarizações nacionais. Engler, por sua vez, conseguiu unir a direita ao receber o endosse de várias figuras políticas, incluindo o governador Romeu Zema.
Os resultados do primeiro turno mostraram Engler à frente, mas as pesquisas recentes indicam uma reviravolta em favor de Noman. O foco da campanha de Noman tem sido um livro escrito por ele que gerou controvérsia, levando a um embate judicial sobre a interpretação do conteúdo. Em resposta, Noman criticou Engler por declarações passadas que envolveram questões sensíveis, buscando destacar a diferença de propostas entre os candidatos.
Enquanto Noman opta por manter distância de figuras políticas de renome, como Lula e Bolsonaro, Engler intensifica sua associação com o ex-presidente em sua campanha. A ausência de Zema nas campanhas de Engler, apesar de seu apoio, e as tensões com a categoria de policiais e bombeiros, que são fundamentais para a candidatura, também marcam o cenário eleitoral. A dinâmica entre os candidatos reflete as complexidades e desafios das políticas locais em um momento de polarização nacional.