O esporte olímpico brasileiro está em um momento decisivo com a eleição para a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), marcada para hoje, onde o atual presidente enfrentará seu ex-vice. A disputa gerou controvérsias, uma vez que a candidatura do presidente é contestada por atletas e entidades que alegam que ele não poderia concorrer a um novo mandato devido à legislação que limita a reeleição a uma única vez, o que inclui sua atual posição como um “mandato tampão”. Essa questão pode levar a possíveis disputas judiciais e ao risco de perda de certificação e recursos federais que sustentam o orçamento do COB.
A legislação brasileira, que abrange a Lei Geral do Esporte e a Lei Pelé, afirma que dirigentes esportivos têm direito a apenas uma reeleição, e, portanto, a candidatura do atual presidente está sob intensa vigilância. Se eleito, ele completaria 11 anos à frente do comitê, levantando preocupações entre atletas e parlamentares sobre os impactos dessa decisão para o financiamento e a governança do esporte nacional. Deputados e senadores já manifestaram apoio a ações que visam garantir a legalidade das eleições e a continuidade do apoio governamental.
O cenário se torna ainda mais complexo com a incerteza sobre a posição do Ministério do Esporte, que ainda não se pronunciou sobre a situação. A eleição do COB não apenas impactará a administração interna do comitê, mas também o fluxo de recursos essenciais provenientes de loterias federais. Caso a reeleição seja considerada irregular, os efeitos podem ser significativos para todas as confederações e federações esportivas ligadas ao sistema olímpico brasileiro.