O Censo da Educação Superior revelou que quase 5 milhões dos 9,9 milhões de alunos no Brasil estudam online, mostrando um aumento significativo na procura por cursos a distância. A popularidade dos cursos EAD está se aproximando do ensino presencial, com apenas 150 mil matrículas de diferença entre os dois. Essa mudança é impulsionada por fatores como a flexibilidade e a acessibilidade, permitindo que estudantes de localidades distantes tenham acesso ao ensino superior.
Entretanto, especialistas alertam para a necessidade de garantir a qualidade na educação a distância. Cláudia Costin, especialista em educação, enfatiza que o ensino remoto deve incluir tutoria online e uma abordagem mais interativa, ao invés de simplesmente disponibilizar materiais escritos. Priscila Cruz, presidente da organização Todos pela Educação, expressa preocupação com a formação de professores em cursos totalmente online, argumentando que isso pode comprometer a qualidade do ensino básico no país.
O crescimento dos cursos EAD é notável, especialmente no curso de Pedagogia, onde 90% das novas matrículas em 2023 foram feitas nessa modalidade. Apesar das oportunidades que a educação a distância proporciona, é fundamental que essas iniciativas sejam acompanhadas por padrões de qualidade que assegurem uma formação adequada e completa, garantindo que os estudantes se tornem profissionais competentes e preparados para enfrentar os desafios da educação contemporânea.