O economista Gabriel Galípolo foi escolhido pelo presidente Lula para assumir a presidência do Banco Central do Brasil a partir de 2025, substituindo Roberto Campos Neto. A sabatina no Senado ocorrerá nesta terça-feira (8), e a indicação já foi bem recebida pelo mercado financeiro. Contudo, Galípolo terá pela frente diversos desafios, como demonstrar independência em suas decisões e lidar com a inflação em um contexto de alta taxa Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano.
O novo presidente do Banco Central terá que implementar políticas eficazes para controlar a inflação, que está próxima do topo da meta de 3% para 2024. Apesar de uma leve deflação observada recentemente, o mercado apresenta um cenário desafiador, com projeções de inflação acima da meta devido a fatores externos, como a valorização do dólar e as tensões geopolíticas. Além disso, a taxa de desemprego está em níveis historicamente baixos, o que pode pressionar os salários e, consequentemente, a inflação.
Galípolo também enfrentará a tarefa de equilibrar a atividade econômica com as políticas de juros. O PIB brasileiro apresentou crescimento no primeiro semestre de 2024, mas o presidente do Banco Central precisará assegurar que as taxas de juros não prejudiquem o desenvolvimento econômico do país. O cenário internacional, com o aumento da taxa de câmbio, e as expectativas do mercado para o futuro do dólar, complicam ainda mais essa dinâmica, exigindo uma gestão cautelosa e técnica para evitar impactos negativos na economia brasileira.