Durante uma sabatina promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o economista Gabriel Galípolo, indicado para presidir o Banco Central a partir de 2025, expressou uma relação positiva tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto com o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Galípolo afirmou que sempre foi bem tratado por ambos e lamentou não ter conseguido contribuir para uma relação mais saudável entre o Banco Central e o Executivo.
Galípolo destacou que sua nomeação traz desafios, incluindo a necessidade de construir uma agenda que torne a economia mais equânime. Desde o início do mandato de Lula, o presidente tem criticado a atuação de Campos Neto, especialmente em relação à taxa básica de juros, que atualmente se encontra em 10,75%. O Copom, na última reunião, aumentou a Selic, e as projeções indicam que os juros devem encerrar 2024 em 11,75%.
A autonomia do Banco Central, sancionada em 2021, alterou a dinâmica entre o governo e a instituição, permitindo que o presidente do banco tome posse no terceiro ano de cada governo. A trajetória de Galípolo inclui experiências em administração pública e no setor privado, onde atuou em importantes projetos de privatização. Sua formação acadêmica inclui mestrado em Economia Política e experiências como professor, consolidando sua trajetória como um economista respeitado.