O economista Gabriel Galípolo está prestes a ser aprovado pelo Senado para assumir a presidência do Banco Central no início de 2025. A expectativa é que a sabatina ocorra sem grandes surpresas, uma vez que Galípolo já ocupa a diretoria de Política Monetária da instituição e tem se mostrado um técnico capaz de dialogar com senadores, tendo visitado 65 deles recentemente. Contudo, a oposição questionará sua independência em relação ao governo federal, especialmente em um contexto de aumento nas taxas de juros.
Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, que enfrentou críticas do atual governo. Apesar de Galípolo ter votado a favor do aumento da taxa Selic, especialistas ainda expressam incertezas sobre suas decisões futuras e a autonomia do Banco Central. A primeira votação ocorrerá na Comissão de Assuntos Econômicos, seguida por uma análise no plenário, onde Galípolo precisará da maioria simples para ser aprovado.
Uma vez confirmado, Galípolo iniciará um mandato de quatro anos, que se estenderá por dois anos após o término do governo atual. Essa estrutura visa reduzir a influência política nas decisões do Banco Central. A sabatina é considerada prioridade pelo governo, que busca assegurar um diálogo eficaz com o Congresso, destacando a importância da autonomia da instituição para a política econômica do país.