Após um dia marcado por negociações instáveis, o dólar encerrou o pregão com uma alta de 0,14%, cotado a R$ 5,6651. Essa valorização é atribuída a um ambiente externo desfavorável para moedas de países emergentes, junto a incertezas relacionadas ao cenário fiscal e possíveis ações do governo. A expectativa em torno de um retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e a indefinição sobre a taxa de juros do Federal Reserve também impactaram o mercado. Enquanto isso, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar, subiu 0,29%, atingindo 103,561 pontos, enquanto o Ibovespa, por sua vez, registrou uma alta de 0,54%, alcançando 131.749,72 pontos.
O ambiente internacional continua a ser um fator crucial que afeta o real, levando investidores a reavaliarem suas expectativas em relação ao Federal Reserve e ao aumento do protecionismo. Apesar das declarações do ministro da Fazenda, que prometeram compromisso com o arcabouço fiscal, o mercado permanece cauteloso e atento a ações concretas. A valorização do dólar em relação ao real foi menos intensa em comparação a outras moedas emergentes, como o peso mexicano, que teve um aumento de 0,99%.
A Vale também teve seu peso no mercado, divulgando a maior produção de minério de ferro desde 2018, com 90,971 milhões de toneladas no terceiro trimestre. As ações de Embraer, Azul e Vamos tiveram destaque positivo, enquanto LWSA, IRB e Azzas enfrentaram quedas. A atenção dos investidores agora se volta para as possíveis medidas do governo brasileiro, especialmente em relação à política fiscal, vista como essencial para a estabilização da moeda e atração de investimentos.