O dólar apresentou alta em relação ao real, encerrando o dia a R$ 5,6570, o maior fechamento desde agosto. Esse movimento ocorreu após o governo federal divulgar informações sobre a avaliação de medidas para conter o aumento das despesas, mas que foram consideradas insuficientes por especialistas. O mercado reagiu negativamente à falta de um plano abrangente de redução de gastos, evidenciando preocupações sobre a crescente dívida pública e a necessidade de um ajuste fiscal mais robusto.
Analistas apontam que as medidas em estudo pelo governo, embora prometam revisões nos gastos, não abordam com a urgência necessária a situação fiscal do país. Um dos pacotes considerados é visto como ineficaz diante da necessidade de um ajuste fiscal significativo, enquanto o outro se concentra em ações já existentes. Essa incerteza está dificultando a construção de posições favoráveis ao real no mercado financeiro.
Adicionalmente, fatores externos também influenciaram a valorização do dólar, como os comentários de um ex-presidente dos EUA sobre o aumento de tarifas de importação, que podem impactar a política monetária norte-americana. A queda nos preços do petróleo, em torno de 4%, também teve efeitos negativos sobre o real e outras moedas emergentes ligadas a commodities, criando um cenário desafiador para a moeda brasileira.