Nesta quinta-feira (17), o dólar superou a marca de R$ 5,60, subindo 0,17% e alcançando R$ 5,673, enquanto o Ibovespa apresentava queda de 0,78%, refletindo o impacto de eventos econômicos globais. O mercado reagiu a dados positivos dos Estados Unidos, como o aumento das vendas no varejo e a redução nos pedidos de auxílio-desemprego, que diminuíram as expectativas de uma política monetária mais acomodatícia pelo Federal Reserve. Ao mesmo tempo, a incerteza em relação ao estímulo econômico na China gerou desconfiança entre os investidores, contribuindo para a pressão sobre os preços das commodities.
As preocupações com a economia chinesa foram acentuadas por uma coletiva de imprensa onde o governo local detalhou novas medidas para o setor imobiliário, consideradas insuficientes para impressionar o mercado. A decisão da China de aumentar o financiamento de projetos habitacionais em 4 trilhões de iuanes não trouxe novidades significativas, levando os analistas a concluir que a situação permanece crítica. Essa frustração impactou diretamente os preços de commodities, essenciais para economias emergentes como a do Brasil, resultando na desvalorização da moeda brasileira.
No cenário interno, o mercado está atento às declarações do governo sobre medidas de contenção de gastos, essenciais para garantir a sustentabilidade fiscal. Apesar das promessas, o ceticismo persiste entre os investidores, que exigem ações concretas em vez de apenas compromissos. Essa incerteza está refletida nas taxas de juros futuras, que apresentaram alta sólida, indicando que o ambiente econômico local continua desafiador, em meio a um panorama global repleto de variáveis complexas.