O dólar voltou a se valorizar, superando a marca de R$ 5,70 no mercado à vista, influenciado pela alta dos juros futuros e pela valorização externa da moeda americana. Esse movimento ocorre em um contexto em que os investidores estão ajustando suas expectativas em relação a cortes mais moderados nos juros nos Estados Unidos, além de precificarem riscos relacionados a uma possível vitória nas eleições presidenciais. O mercado brasileiro ainda enfrenta incertezas fiscais, com especialistas apontando preocupações sobre o elevado nível de endividamento público.
O ministro da Fazenda sinalizou a necessidade de mais reuniões com outros membros do governo antes de definir propostas para conter as despesas públicas. Essa discussão se torna ainda mais relevante diante do cenário de incertezas, especialmente após sua viagem a Washington, onde ocorrerão encontros com o FMI e o Banco Mundial. Na terça-feira, o dólar à vista registrou uma leve alta de 0,12%, refletindo a instabilidade do mercado e a expectativa pela divulgação do IPCA-15 de outubro.
As projeções para o IPCA-15 apontam uma aceleração para 0,51% em outubro, impulsionada, principalmente, pelo aumento nas tarifas de energia elétrica e nos preços dos alimentos. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal também registrou alta, acumulando 4,47% nos últimos 12 meses. A atenção do mercado se volta para eventos programados em Washington, incluindo declarações de líderes financeiros, que podem impactar ainda mais as expectativas econômicas tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
