O dólar opera em alta nesta quinta-feira, 17, influenciado pela valorização dos rendimentos dos Treasuries e pela queda de quase 6% do minério de ferro na China. Essa queda é resultado da insatisfação dos investidores com as novas medidas de estímulo ao setor imobiliário. O aumento da taxa de câmbio reflete também incertezas em relação à situação fiscal do Brasil e a reação do mercado ao IGP-10 de outubro, que subiu 1,34%, após um aumento de 0,18% em setembro.
Os dados econômicos dos Estados Unidos também impactam o mercado cambial, com a divulgação de que as vendas no varejo subiram 0,4% em setembro e que os pedidos de auxílio-desemprego caíram 19 mil na semana, totalizando 241 mil, abaixo das expectativas. A alta do dólar frente ao real é acompanhada pela valorização do índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas principais. Além disso, a decisão do Banco Central Europeu de cortar as taxas de juros em 25 pontos-base pela terceira vez este ano também gera repercussão.
Com a agenda interna do Brasil esvaziada, os ativos financeiros se tornam vulneráveis às perspectivas fiscais e aos dados econômicos dos EUA, que influenciam as apostas de juros. As expectativas do mercado indicam uma possível redução de 25 pontos-base na taxa de juros em novembro. Às 9h36, o dólar à vista subia 0,28%, cotado a R$ 5,6810, enquanto o contrato futuro para novembro apresentava um aumento de 0,20%, a R$ 5,6910.