O dólar apresentou uma leve queda na sessão de quinta-feira, 17, após um período de alta que durou três pregões, sendo cotado a R$ 5,6596. Operadores do mercado destacaram que o nível de R$ 5,65 é considerado elevado, sem novidades significativas no cenário fiscal brasileiro que justifiquem essa valorização. O movimento de ajuste foi impulsionado por pressões externas, incluindo uma nova decepção em relação à economia da China e dados mais robustos da economia dos Estados Unidos, que contribuíram para a apreciação do dólar em relação a outras moedas.
Analistas apontam que o comportamento do câmbio está ligado a uma realização natural no mercado, dado o patamar elevado do dólar. A expectativa de um ajuste fiscal por parte do governo brasileiro, com foco nas despesas, pode oferecer sustentação ao cenário fiscal e impactar positivamente a moeda local. Apesar da valorização do dólar, apenas três das oito principais divisas emergentes se desvalorizaram, sendo o peso chileno a que mais caiu, refletindo as incertezas em torno da política monetária do país.
A manhã desta quinta-feira viu o dólar alcançar a máxima intradia de R$ 5,6880, impulsionado por dados econômicos positivos dos Estados Unidos, que evidenciam uma economia resiliente, reduzindo as chances de cortes mais agressivos nas taxas de juros. Além disso, a recente redução das taxas de juros pelo Banco Central Europeu também elevou a atratividade do dólar, reforçando o cenário de pressão sobre o real. A falta de informações concretas sobre estímulos econômicos na China foi outro fator que influenciou a cotação do minério de ferro e, consequentemente, o desempenho da moeda brasileira.