Após uma leve recuperação na segunda-feira, o dólar voltou a subir em relação ao real nesta terça-feira (15), com um aumento de 1,33%, encerrando o dia a R$ 5,6570, o maior valor desde 6 de agosto. No mercado futuro, o contrato para novembro também subiu, alcançando R$ 5,6630. A oscilação da moeda ocorreu em um contexto de incertezas, com o governo federal sendo pressionado a considerar medidas para conter o aumento das despesas públicas.
Fatores externos contribuíram para a valorização do dólar, incluindo a queda acentuada nos preços do petróleo e a possibilidade de que a eleição de um ex-presidente dos Estados Unidos influencie a política de juros no país. A preocupação com uma possível pressão inflacionária devido ao aumento das tarifas de importação, proposta que poderia desacelerar os cortes nas taxas de juros americanas, também impactou o mercado cambial, fortalecendo a moeda norte-americana.
Além das questões internacionais, a queda de aproximadamente 4% nos preços do petróleo teve efeitos adversos sobre o real e outras moedas de economias emergentes vinculadas a commodities. Enquanto isso, o mercado local continuou a reagir às notícias sobre os esforços do governo para lidar com os gastos, refletindo a volatilidade e a interdependência das economias em um cenário global dinâmico.