O dólar apresentou uma queda significativa, encerrando o dia cotado a R$ 5,6629, uma redução de 0,53% em relação ao dia anterior. A inversão de tendência ocorreu após uma coletiva de imprensa do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central, que trouxe declarações positivas sobre o arcabouço fiscal brasileiro. O mercado interpretou essas falas como um indicativo de que o governo poderá anunciar medidas para conter despesas após as eleições municipais, previstas para o próximo fim de semana.
O movimento do câmbio também foi influenciado por fatores externos, com a moeda americana apresentando desvalorização frente a outras moedas fortes e emergentes. Durante a manhã, o dólar estava em alta devido a preocupações fiscais e expectativas de inflação, mas as declarações do ministro Haddad à tarde mudaram a percepção do mercado, sugerindo que o governo pode reforçar, em vez de reformular, seu plano fiscal.
Economistas estão otimistas quanto à possibilidade de que, após as eleições, o governo comece a delinear estratégias para o corte de gastos, o que poderia resultar em uma maior sincronização entre despesas e arrecadação. A expectativa é que reuniões para discutir essas medidas ocorram na próxima semana, refletindo um aumento na confiança do mercado sobre a direção das políticas fiscais do país.