Após um dia de predominância de alta, o dólar à vista registrou uma queda de 0,15%, fechando a R$ 5,6904. A moeda americana atingiu uma mínima intradia de R$ 5,6879, antes de apresentar um movimento de ajuste técnico. A demanda pela divisa subiu entre moedas fortes e emergentes, impulsionada por incertezas relacionadas a uma possível volta do ex-presidente dos Estados Unidos e pela expectativa de cortes moderados nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Além disso, as preocupações sobre o crescimento econômico da China e a situação das contas públicas no Brasil contribuíram para a instabilidade.
Durante a manhã, o dólar alcançou uma máxima de R$ 5,7351, mas a reversão no final do pregão foi atribuída a um ajuste técnico e à especulação de uma possível intervenção do Banco Central no câmbio. O analista Eduardo Velho, da Equador Investimentos, destacou que a alta no dólar pode ser vista como reflexo do aumento de risco geopolítico relacionado ao cenário americano, com indicadores econômicos positivos sugerindo que a redução da taxa de juros nos Estados Unidos não ocorrerá rapidamente. Este contexto externo fortaleceu a moeda americana.
No cenário internacional, o Banco Central da China anunciou um corte nas taxas de juros, o que pode impactar o mercado global. As taxas de referência foram reduzidas, com a taxa de um ano caindo de 3,35% para 3,1%, enquanto a de cinco anos foi ajustada de 3,85% para 3,6%. As informações indicam que a desancoragem das expectativas de inflação para os próximos anos no Brasil, conforme revelado pelo boletim Focus, também é uma preocupação crescente entre analistas econômicos.