Nesta quinta-feira, 24 de outubro, o dólar se manteve perto da estabilidade, com leve alta de 0,01%, sendo cotado a R$ 5,693 na compra e R$ 5,694 na venda. A cautela dos investidores se intensificou devido à expectativa em relação à divulgação de novos dados de inflação no Brasil e indicadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também apresentou um pequeno aumento de 0,18%, alcançando 5.700 pontos na venda. Na quarta-feira anterior, o dólar à vista havia fechado com uma leve queda de 0,06%.
O cenário macroeconômico tem sido influenciado por indicadores robustos e declarações de autoridades do Federal Reserve, que reduziram as expectativas de cortes de taxa de juros nos EUA. As probabilidades de uma redução de 50 pontos-base nas duas reuniões restantes de 2024 caíram de 70% para cerca de 65%, o que reflete uma mudança nas apostas sobre a flexibilização monetária. As declarações dos presidentes do Fed de Kansas City e Filadélfia indicam uma preferência por um ritmo mais cauteloso nas decisões futuras.
Além disso, a consultoria LCA Consultores apontou que 60% do aumento do dólar no mês foi influenciado por fatores externos, embora questões fiscais também tenham contribuído de maneira menos significativa. A expectativa é que o câmbio continue sob pressão, especialmente com a realização de leilão pelo Banco Central de até 14.000 contratos de swap cambial, destinado à rolagem de vencimentos futuros. A análise do comportamento do dólar reflete uma interligação complexa entre os mercados doméstico e internacional.