Na quarta-feira (30), o dólar apresentou uma valorização de 0,40%, sendo cotado a R$ 5,7839, em um contexto de cautela do mercado em relação ao risco fiscal brasileiro. As declarações do ministro da Fazenda, que indicou a ausência de previsão para a divulgação de um novo pacote de corte de gastos, intensificaram as preocupações. Na sessão anterior, o dólar já havia registrado um avanço de 0,92%, atingindo patamares que não eram vistos desde março de 2021.
Enquanto isso, o índice Ibovespa encerrou a véspera em queda de 0,37%, acumulando perdas no mês e no ano. Apesar de ter registrado um desempenho positivo nas semanas anteriores, o índice enfrenta uma pressão devido à incerteza em torno do cenário fiscal e a falta de clareza sobre possíveis medidas de austeridade que possam ser adotadas após as eleições municipais. O mercado aguarda detalhes sobre os cortes propostos, que precisariam ser substanciais para garantir credibilidade.
Além das questões fiscais, a atenção dos investidores se volta também para indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu 2,8% no terceiro trimestre, abaixo da expectativa de 3,0%. O desempenho do mercado de trabalho americano, com geração de vagas acima do previsto, levanta questionamentos sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação às taxas de juros, o que também influencia as decisões locais sobre política monetária no Brasil.