Na tarde de 18 de outubro, o dólar subiu para R$ 5,7029, marcando o maior valor intradia desde 6 de agosto, enquanto o real apresentou o pior desempenho entre as moedas emergentes. A alta do dólar ocorre em um cenário de incertezas sobre as contas públicas do Brasil, mesmo com a desvalorização da moeda norte-americana frente a outras divisas mais fortes. O aumento do petróleo e a desaceleração da economia chinesa contribuíram para essa pressão, refletindo uma movimentação negativa no mercado financeiro.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,69%, a R$ 5,6989, acumulando um aumento de 1,49% na semana e de 4,62% no mês. Os contratos futuros também apresentaram valorização, enquanto o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de moedas, caiu 0,32%. As commodities, incluindo trigo, soja e milho, registraram queda nas negociações, refletindo uma pressão negativa sobre as moedas emergentes e influenciando o fluxo financeiro global.
Apesar de indicadores positivos na China, como novos estímulos econômicos e a queda dos juros dos Treasuries, o mercado continua a demonstrar cautela em relação à situação fiscal brasileira. As declarações de autoridades, como o presidente e o ministro da Fazenda, não abordaram as expectativas de revisão de gastos, que têm sido objeto de atenção por parte dos investidores. A incerteza fiscal e a projeção de arrecadação reduzida devido ao aumento das taxas de juros geram um ambiente desafiador, tornando o Brasil menos atrativo para os investidores.