Em um dia marcado por intensas pressões internacionais, o dólar comercial fechou a terça-feira (15) cotado a R$ 5,657, com uma alta de 1,33%. O aumento da moeda norte-americana foi impulsionado pela volatilidade nos mercados, especialmente após a abertura das bolsas nos Estados Unidos. Este valor representa o maior patamar desde 4 de agosto, refletindo um aumento acumulado de 3,85% em outubro e de 16,57% no ano. Apesar do cenário desfavorável para o câmbio, a bolsa brasileira, representada pelo índice Ibovespa, manteve-se estável, fechando com leve alta de 0,03%.
A alta do dólar é atribuída a dois fatores principais: a queda nos preços internacionais do petróleo e as tensões políticas nos Estados Unidos. O preço do barril de petróleo Brent caiu 1,7%, para US$ 74,52, após declarações do governo de Israel sobre a não-intenção de atacar as instalações petrolíferas do Irã. Essa diminuição nos preços do petróleo, embora benéfica para os consumidores, pressiona países exportadores, como o Brasil, que também enfrenta quedas nas cotações de minério de ferro devido à desaceleração econômica na China.
As incertezas políticas nos Estados Unidos, particularmente as declarações sobre aumento de tarifas para produtos estrangeiros, também contribuíram para a instabilidade nos mercados emergentes. A possibilidade de um aumento no protecionismo americano pode prejudicar as exportações brasileiras e impactar o comércio global, gerando preocupações sobre a retração econômica. As movimentações do mercado refletem uma interconexão entre os fatores internos e externos que influenciam as economias emergentes.