Em um dia marcado por pressões internacionais, o dólar comercial atingiu seu maior valor em mais de dois meses, encerrando a terça-feira (15) cotado a R$ 5,657, com uma alta de 1,33%. A moeda começou o dia estável, mas subiu consideravelmente após a abertura dos mercados nos Estados Unidos, alcançando R$ 5,66 por volta das 14h. A valorização do dólar é atribuída, em parte, à queda nos preços internacionais do petróleo e às tensões políticas nos EUA, que impactam as expectativas de comércio global.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 mostrou volatilidade, fechando em leve alta de 0,03%, aos 131.043 pontos. Enquanto as ações de empresas voltadas para o consumo interno e bancos ajudaram a equilibrar a sessão, as ações de petroleiras e mineradoras sofreram quedas devido à diminuição nos preços das commodities. O preço do barril de petróleo Brent caiu 1,7%, após informações de que Israel não planeja atacar a infraestrutura petrolífera do Irã, o que impactou as cotações e os grandes produtores, como o Brasil.
Além da dinâmica do mercado de commodities, as tensões eleitorais nos Estados Unidos também contribuíram para a incerteza nos mercados emergentes. A possibilidade de um aumento nas tarifas sobre produtos estrangeiros, caso um ex-presidente seja reeleito, suscita preocupações sobre um potencial retrocesso nas exportações e um agravamento do protecionismo, o que pode afetar negativamente as relações comerciais globais e, consequentemente, as economias dependentes do comércio exterior, como a brasileira.