Em meio a instabilidades no mercado interno e externo, o dólar superou a marca de R$ 5,75, fechando em seu maior valor desde março de 2021. O dólar comercial encerrou o dia a R$ 5,756, com alta de 0,92%, após uma trajetória que incluiu uma queda inicial para R$ 5,69. O aumento significativo da moeda ocorreu após declarações do ministro da Fazenda, que geraram incertezas sobre a política fiscal e o pacote de cortes de gastos em discussão.
O dia foi marcado por volatilidade também no mercado de ações, com o índice Ibovespa fechando a 130.730 pontos, uma queda de 0,37%. Embora o índice tenha iniciado o dia em alta, inverteu o movimento devido a fatores tanto internos quanto externos. As tensões eleitorais nos Estados Unidos e a possibilidade de aumento de tarifas comerciais em caso de vitória de um candidato republicano contribuíram para a depreciação das moedas latino-americanas, incluindo o real.
No cenário doméstico, a falta de clareza nas informações sobre os cortes de gastos, somada à antecipação de uma reunião entre o ministro e o presidente, deixou os investidores apreensivos. A acumulação de alta do dólar em outubro foi de 5,75%, e de 18,61% ao longo de 2024, evidenciando o impacto de incertezas políticas e econômicas na confiança do mercado.