Em um dia marcado por turbulências no mercado financeiro, o dólar comercial encerrou em R$ 5,698, atingindo seu maior nível desde o início de agosto. Apesar de uma abertura em baixa, a moeda americana inverteu a tendência e subiu ao longo do dia, chegando a R$ 5,70 no seu pico. Este aumento representa uma alta de R$ 0,25 (+4,61%) no mês de outubro e um incremento significativo de 17,41% em relação ao ano de 2024.
O mercado de ações também apresentou instabilidades, com o índice Ibovespa fechando aos 130.499 pontos, registrando uma queda de 0,22%. Embora tenha iniciado o dia em alta, a Bolsa refletiu a pressão sobre ações de petroleiras e empresas do setor de consumo, afetadas pela expectativa de aumento nas taxas de juros e pela queda no preço do petróleo no mercado internacional. Esses fatores contribuíram para uma desaceleração nas negociações logo nas primeiras horas do pregão.
Além dos fatores externos, a desconfiança dos investidores em relação ao aumento de gastos federais pesou sobre o desempenho do dólar e da Bolsa. A recente proposta do governo de revisar as despesas, juntamente com a inclusão de recursos destinados ao setor aéreo, gerou apreensão entre os participantes do mercado. As informações sobre um possível pacote de cortes de gastos obrigatórios não foram suficientes para acalmar os ânimos, refletindo a incerteza em um cenário econômico em transformação.