O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, destacou a atual disputa diplomática em torno das normas para enfrentar as mudanças climáticas, mencionando como exemplo a taxação da emissão de carbono no comércio marítimo, que poderia prejudicar a competitividade de países em desenvolvimento. Mercadante enfatizou a necessidade de propostas mais robustas, citando a regulamentação do aço verde e as questões do controle de desmatamento que o Brasil apresentou à União Europeia.
Durante um evento no Rio de Janeiro, Mercadante participou da apresentação do Climate Scanner, uma ferramenta desenvolvida para monitorar e avaliar políticas públicas sobre mudanças climáticas em diferentes regiões do mundo. O projeto, que recebeu um investimento de US$ 1 milhão do BNDES, é apoiado pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores e tem como objetivo fornecer dados padronizados que permitam a comparação internacional das ações de combate à mudança climática entre 141 nações.
O presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, destacou a importância da plataforma para uniformizar os parâmetros de avaliação das iniciativas climáticas dos países. Ele apontou que, ao ter métricas diferentes, é difícil comparar os esforços de financiamento e as ações de mitigação, enfatizando que a transparência e a padronização são cruciais para um enfrentamento eficaz do desafio das mudanças climáticas.