Os líderes do Brics se reúnem nesta semana em Kazan, na Rússia, para discutir a criação de uma nova categoria de países parceiros no bloco, além de outros temas relevantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de forma virtual devido a um acidente doméstico, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira. Cerca de 30 países, incluindo Venezuela, Cuba, Nicarágua, Nigéria, Argélia, Turquia e Marrocos, manifestaram interesse em se juntar ao grupo como parceiros, mas a definição dos critérios para adesão é considerada mais importante que a seleção dos países.
Os critérios em discussão para a adesão à nova categoria incluem a manutenção de relações diplomáticas amigáveis entre os Estados membros e a não imposição de sanções não autorizadas pelo Conselho de Segurança. Segundo diplomatas brasileiros, a decisão final sobre a inclusão de novos parceiros será tomada pelos chefes de Estado do Brics, e o Brasil tem adotado uma postura cautelosa, focando na definição de critérios em vez de sugerir países específicos.
Durante a cúpula, além da criação da nova categoria, outros tópicos na agenda incluem a crise no Oriente Médio, a cooperação política e financeira entre os países do Brics e uma avaliação das atividades do Novo Banco de Desenvolvimento. Embora a guerra entre Rússia e Ucrânia não esteja oficialmente na pauta, não há restrições para que os líderes abordem o tema durante as sessões plenárias.