Cerca de dez dias após o escândalo envolvendo órgãos transplantados contaminados com o vírus HIV, a diretoria da Fundação Saúde, responsável pelo contrato com o laboratório PCS Lab Saleme, pediu demissão em massa. O governador do estado do Rio de Janeiro aceitou os pedidos de exoneração, que incluem seis diretores da fundação. A exoneração será publicada em breve, e o governo estadual enfatiza que a medida visa garantir a transparência nas investigações em andamento.
A contratação do laboratório PCS Lab Saleme, feita em dezembro do ano passado por R$ 11 milhões para a sorologia de órgãos doados, está sob investigação. A Polícia Civil do Rio instaurou um novo inquérito sobre o processo de contratação, enquanto o Ministério Público também se envolve nas apurações. Anteriormente, já havia uma investigação em curso sobre a emissão de laudos falsos, o que levanta sérias preocupações sobre a qualidade e segurança dos serviços prestados.
No último domingo, uma mulher foi presa suspeita de envolvimento na emissão de laudos fraudulentos pelo laboratório. Essa prisão faz parte da segunda fase da Operação Verum, que já havia resultado na detenção de outras quatro pessoas. As investigações revelaram falhas no controle de qualidade dos testes realizados, resultando na infecção de seis pacientes que receberam órgãos contaminados. A Secretaria de Estado de Saúde busca garantir a continuidade dos serviços à população e planeja anunciar uma nova diretoria em breve.